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Com previsão de quebra da safra de mais de 20% apenas na soja, por causa da seca extrema em Mato Grosso no segundo semestre de 2023, a irrigação pode resolver não somente esses imprevistos climáticos, mas também proporcionar a produção de uma terceira cultura durante o ano, independente da quantidade de chuvas. A avaliação é do professor e consultor do Instituto Mato-grossense de Feijão e Irrigação (Imafir-MT), Everardo Mantovani.

“Não só no Brasil, como no mundo, a irrigação deixou de ser uma luta contra a seca e passou a ser uma estratégia de aumento de produtividade e rentabilidade. O que nós temos hoje é que a irrigação entra não só para as adversidades climáticas mais fortes, como o que está acontecendo em Mato Grosso, mas também no calendário normal”, esclarece o professor.

Mesmo em anos com chuvas regulares, a irrigação pode ser aliada no início da produção. “No plantio da soja, por exemplo, você só vai entrar com o plantio quando começam as chuvas, que podem ser em outubro ou mais para frente. Se tem irrigação, pode entrar com a soja logo no primeiro momento depois do vazio sanitário”.

Isso significa dar suporte à produção nos momentos de pouca chuva para evitar perder a safra devido aos problemas climáticos. “No momento em que precisa de água você vai irrigando, caso tenha seca ou algum veranico, entra com o sistema de irrigação”.

O professor também enfatiza que a irrigação pode possibilitar aos produtores o cultivo de mais uma cultura ao longo do ano. “Se eu tiver agricultura irrigada, posso entrar com uma terceira safra para produção de alimentos como feijão, arroz e trigo no período de inverno, com a possibilidade de desenvolver bem a partir de maio e junho”.

Técnicas
De acordo com Mantovani, três técnicas de irrigação são mais utilizadas, cada uma adequada a um perfil de produção. “Nós temos os grandes produtores caminhando para a irrigação com sistema pivô central, que é muito eficiente tanto do ponto de vista do uso de energia e água quanto na questão econômica”.

“Já para os pequenos produtores, nós temos a aspersão convencional, que pode ser montada em função das necessidades, e a irrigação por gotejamento. Entre os sistemas mais utilizados de irrigação, depende muito de qual cultura estamos falando. No entanto, o Brasil tem tecnologia e fornecedores para atender todos os tipos de cultura e sistemas”, finaliza o consultor.

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