Mesmo diante da irregularidade das chuvas que marca o início do período de semeadura em Mato Grosso, os produtores que contam com sistemas de irrigação conseguiram iniciar o plantio sem atrasos. Em regiões como Primavera do Leste, as áreas com pivôs já estão praticamente 100% plantadas, demonstrando a eficiência da tecnologia em garantir estabilidade no campo.
O desempenho da irrigação foi decisivo neste início de safra, permitindo que a semeadura avançasse de forma consistente, enquanto em áreas de sequeiro o plantio segue limitado e depende da chegada de chuvas mais regulares. Nas regiões mais próximas à serra, onde houve maior umidade, parte dos produtores iniciou as atividades, mas no interior do estado, em localidades como Paranatinga e Santo Antônio do Leste, a espera pela regularização do regime de chuvas ainda é realidade.
Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) confirmam que, até 19 deste mês, a maior parte das áreas semeadas em Mato Grosso correspondia a talhões irrigados. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também afirmou, em boletim recente, que o avanço do plantio das culturas de verão no país ocorre principalmente em áreas com irrigação ou em locais onde há maior disponibilidade de água no solo.
As previsões meteorológicas indicam que Mato Grosso deve enfrentar dias de baixa umidade do ar e chuvas pontuais, com acumulados entre 15 e 25 milímetros. Esse cenário revela a importância da irrigação como ferramenta estratégica para dar segurança ao produtor e permitir que a produção avance mesmo em condições climáticas adversas.
O presidente da APROFIR (Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso), Hugo Garcia, lembrou que a irrigação tem se consolidado como aliada essencial para reduzir riscos e dar estabilidade ao campo: “A irrigação garante que o produtor não fique refém das variações climáticas. É a tecnologia que assegura produtividade e previsibilidade, permitindo que Mato Grosso mantenha sua competitividade mesmo em anos de instabilidade do regime de chuvas”.

Assessoria Aprofir