A equipe técnica da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir) realizou, na última semana, uma série de visitas técnicas a municípios da Baixada Cuiabana com o objetivo de identificar áreas estratégicas para a expansão do projeto de Agricultura Familiar Irrigada e a introdução da cultura do cacau na região.
As visitas contemplaram os municípios de Campo Verde, Santo Antônio de Leverger — especialmente a Gleba da Resistência, um assentamento rural — e Rosário Oeste. Segundo a associação, o trabalho faz parte da etapa de reconhecimento de áreas com potencial produtivo e de fortalecimento da agricultura familiar em regiões que ainda não exploram plenamente suas capacidades agrícolas.
Na Gleba da Resistência, a equipe realizou uma visita técnica para avaliar o solo e as condições climáticas da área, consideradas ideais para o cultivo do cacau. “É uma área muito importante e viável para a plantação. Ali tem altitude, tem sol, e nunca foi difundida essa cultura. Agora, a Aprofir chega para fazer essa difusão”, explicou o técnico responsável pela análise, Marcos Roberto.
Durante a visita, também foi avaliada a possibilidade de implantação de um viveiro para produção de mudas do próprio cacau no assentamento. A equipe esteve em uma propriedade particular e, após conversar com o proprietário, concluiu que o local apresenta condições favoráveis tanto para o cultivo quanto para o desenvolvimento do viveiro.
Em Rosário Oeste, a proposta é firmar uma parceria com o município para utilização da área da antiga Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural). O espaço foi considerado altamente viável para implantação de viveiros e cultivo do cacau.
O presidente da Aprofir, Hugo Garcia, avaliou que as visitas representam um passo importante na ampliação do projeto e na retomada da vocação produtiva da agricultura familiar. “Estamos construindo as bases para que o cacau se torne uma nova alternativa de renda para as famílias rurais da Baixada Cuiabana. Nosso objetivo é garantir sustentabilidade, geração de trabalho e autonomia para os produtores”, afirmou.
De acordo com a Aprofir, a entidade está padronizando suas ações de acordo com dois eixos principais: a viabilidade produtiva das culturas e a criação de viveiros para garantir autonomia na produção de mudas. A proposta inicial prevê que a associação conceda as mudas e acompanhe o processo produtivo.
Na área da antiga Empaer, o trabalho será voltado à criação de um viveiro experimental, com a produção de mudas destinadas à doação para famílias da agricultura familiar.





