O diretor executivo da associação, Afrânio Migliari, fez um alerta sobre os impactos de mudanças recentes no setor elétrico, especialmente medidas provisórias (MPs 1300/ 1304).
A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir) marcou presença no XXXIV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird 2025), realizado em Fortaleza (CE), entre os dias 3 e 5 de novembro. O evento, que também reuniu o 9º Inovagri International Meeting, teve como tema “Agricultura Irrigada: Gestão Hídrica, Tecnologia e Resiliência Ambiental” e discutiu o futuro da irrigação diante dos desafios climáticos e energéticos do país.
Representando a Aprofir, o diretor executivo Afrânio Migliari participou do evento de abertura e falou da importância da irrigação para a segurança alimentar e para a produção sustentável. “O Brasil hoje é um país que tem uma pujança muito grande do agronegócio, mas a irrigação ela é mais do que necessária para todos os estados brasileiros”, afirmou.
Segundo ele, irrigar não é apenas uma forma de ampliar safras, mas uma garantia de alimento na mesa dos brasileiros. “Irrigação não é fazer terceira safra, como falam lá no meu estado, mas é a garantia do arroz, do feijão, das frutas e verduras em cima da mesa de todos os brasileiros”.
Em seu discurso, Migliari fez um alerta sobre os impactos de mudanças recentes no setor elétrico, especialmente medidas provisórias (MPs 1300/ 1304) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que, segundo ele, podem prejudicar produtores rurais em todo o país. “Essas medidas provisórias estão fazendo um barulho muito ruim para o setor de irrigação do Brasil inteiro. Precisamos, juntos, contrapor o que está vindo aí”.
O diretor também reforçou a necessidade de integração entre os setores de energia, agricultura e meio ambiente. “Precisamos sentar na mesa, juntos o setor de energia, o agro e os ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional, da Agricultura e de Minas e Energia. Não dá mais para que as normas sejam colocadas goela abaixo, sem diálogo com quem produz”, afirmou.
Migliari aproveitou o evento para convidar o público a conhecer o trabalho da Aprofir e as tecnologias desenvolvidas no Mato Grosso. “Temos uma unidade de monitoramento e controle de águas desenvolvida pelo setor privado. Convido a todos que quiserem conhecer, estamos aí para ajudá-los”, disse.


