Aprofir

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, recebeu neste domingo (14) um termo de compromisso da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir) para a execução do projeto de transferência de tecnologia do café conilon na região Oeste do estado. A entrega ocorreu durante solenidade de entrega de maquinários em São José dos Quatro Marcos.

A iniciativa busca resgatar a tradição da cafeicultura na região de Cáceres, onde o cultivo do arábica entrou em declínio ao longo das últimas décadas devido às condições climáticas desfavoráveis. Com novas cultivares de conilon desenvolvidas pela Embrapa e pelo Incaper, capazes de alcançar até dez vezes mais produtividade, a Aprofir acredita que o projeto estimule a reabertura de indústrias locais de torrefação hoje paralisadas.

O documento propõe a implantação de 70 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) de café conilon irrigado em propriedades de agricultores familiares de 14 municípios que integram o Consórcio Intermunicipal Complexo Nascentes do Pantanal, entre eles Cáceres, Mirassol d’Oeste, Araputanga, Porto Esperidião, Vale de São Domingos e Pontes e Lacerda.

Cada unidade terá meio hectare cultivado com mudas selecionadas e sistema de irrigação por gotejamento. O projeto prevê ainda assistência técnica das secretarias municipais de Agricultura, cursos de capacitação oferecidos pelo Senar-MT e acompanhamento do manejo produtivo, com a meta de consolidar o café conilon como alternativa de renda sustentável para os agricultores.

O presidente da Aprofir, Hugo Garcia, ressaltou no ato da entrega, que o termo simboliza um novo momento para a agricultura familiar no estado. “Esse projeto é um divisor de águas para os agricultores da região. Com a tecnologia disponível e o apoio das instituições, vamos resgatar a tradição do café e transformar novamente essa cultura em fonte de renda e desenvolvimento para centenas de famílias”.

De acordo com o plano apresentado, o investimento total é estimado em R$ 3,39 milhões, abrangendo aquisição de mudas, insumos, equipamentos e sistemas de irrigação. As áreas demonstrativas também devem integrar cultivos de ciclo curto, como melancia e abóbora, para garantir renda às famílias durante os primeiros meses até a produção efetiva do café.

Assessoria Aprofir

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