Missão empresarial na China visa aumentar as exportações de feijão e pulses

Eventos ocorrem a partir do dia 23 de março. Um dos focos do Brasil é diversificar a pauta de exportações com a inclusão, por exemplo, de feijão e pulses.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) integra, a partir desta semana, a comitiva empresarial que estará na China em uma agenda voltada à ampliação das relações comerciais com o país asiático.

A missão organizada pelo Ministério da Agricultura acontece a partir do dia 23 de março com a participação de empresas e entidades do setor em visitas técnicas, seminários e encontros setoriais com representantes do governo e do mercado chinês.

No dia (24), a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, fará uma palestra com representares da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) durante o seminário multisetorial “Perspectivas da Parceria Brasil-China no Agronegócio”.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Apenas em 2022, as exportações brasileiras para o país totalizaram US$ 89,42 bilhões, sendo que as exportações do agro foram responsáveis pela maior parte desse fluxo, somando US$ 50,71 bilhões.

Entre os 10 produtos mais exportados para a China, sete são produtos agropecuários: soja, carne bovina, celulose, açúcar, carne de aves, algodão e carne suína.

Com a missão, um dos principais interesses do Brasil é a abertura do mercado chinês para produtos do agro como uvas, feijão e pulses, além da ampliação do mercado para carnes bovinas, suínas e aves e avanços na área de biotecnologia agrícola.

Fonte: CNA

Conferência Global Água para Alimentos 2023

A Conferência Global Água para Alimentos de 2023 se concentrará em maneiras inovadoras de melhorar a segurança hídrica e alimentar, aumentando a resiliência dos agricultores a um cenário em mudança. Os desafios da mudança climática, degradação do solo, acesso e gestão da água, disparidade econômica e conflito geram uma competição extrema pela água urbana e rural.

A conferência de dois dias, situada no meio de um laboratório vivo e no topo do vasto Aquífero das Grandes Planícies, fornecerá uma plataforma para explorar cenários em que todos saem ganhando para apoiar o uso aprimorado da água na agricultura e aumentar a produtividade em várias escalas – de pequenos produtores , coletivos e cooperativas para operações agrícolas comerciais – preservando os recursos hídricos para outras necessidades humanas e ambientais.

Ao longo da conferência, os especialistas compartilharão resultados de pesquisas, estudos de caso e perspectivas sobre como podemos alcançar a segurança alimentar e hídrica global. As soluções discutidas serão sustentáveis, escaláveis ​​e adaptáveis ​​aos contextos locais, envolvendo todas as partes interessadas no processo de tomada de decisão. Eventos paralelos e reuniões adicionais com foco em tópicos encerrarão a conferência.

O tema da conferência é “Cultivando a inovação: soluções para um mundo em mudança”, com foco na próxima geração de pesquisa, tecnologia inteligente, desenvolvimento de políticas e melhores práticas que estão alcançando avanços nesta missão de importância vital. Cinco trilhas de sessão foram identificadas:

Das Alterações Climáticas
Tecnologia para melhorar a produtividade e proteger os agroecossistemas
Política e gestão da água
Desenvolvimento de capacidade
Pessoas, animais e saúde

link original: https://waterforfood.nebraska.edu/explore-our-conferences/2023-water-for-food-global-conference

Consumo médio de feijão caiu mais de 50% no Brasil em 16 anos

Fonte G1

Entre os motivos apontados como causa dessa queda estão o preço alto e a presença, cada vez mais forte, de alimentos ultraprocessados no prato.

Consumo médio de feijão caiu mais de 50% no Brasil em 16 anos

Dados do IBGE apontam que, em 16 anos, o consumo médio de feijão caiu mais de 50% no Brasil e entre os motivos apontados como causa dessa queda estão o preço alto e a presença, cada vez mais forte, de alimentos ultraprocessados no prato.

Só no último ano, o feijão carioca ficou 28% mais caro, o que pesa no bolso, afirma Daniel Rezende, dono de restaurante há mais de 30 anos.

“O feijão está R$ 10, o quilo. Ele é o dobro do preço de um quilo de arroz, e isso pesa no bolso do restaurante, mas principalmente nas casas. Pelo prato da pessoa, eu acho que diminuiu uns 20%, tranquilamente, que a pessoa substitui colocando outro alimento”, conta.

O feijão não é só uma comida típica brasileira, é também um alimento importante para a saúde. É nutritivo, rico em ferro, cálcio e vitaminas. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG, com base em dados do Ministério da Saúde, alerta: tirar ele da dieta pode trazer problemas no futuro, inclusive de obesidade. O estudo também revela que, até 2025, mais brasileiros devem deixar de comer feijão de forma regular.

“O que nós temos visto é que evidências robustas, tanto nacionais como internacionais, têm mostrado uma perda de importância de alimentos básicos e tradicionais na dieta, com a substituição pela conveniência e praticidade dos alimentos ultraprocessados, que apresentam uma elevada quantidade de calorias e com pouco ou quase nenhum valor nutritivo”, ressalta Fernanda Serra Granado, pesquisadora da UFMG.

Brasil fecha acordo histórico de feijão e pulses com a Índia

Brasil fecha acordo histórico de feijão e pulses com a Índia
“As partes concordam em compartilhar dados mensais sobre plantio, consumo, estimativas de produção nacional, importação e exportação de leguminosas”


Por: AGROLINK -Leonardo Gottems

O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) assinou uma Aliança para segurança Alimentar Brasil-Índia, com o apoio da embaixada brasileira naquele país, na presença do adido agrícola Ângelo Maurício e de representantes do Brasil. “O documento assinado por nós e pelo presidente da IPGA, a Associação de Importadores de Pulses da Índia, país que importa anualmente mais de 2 milhões de toneladas, foca em um primeiro passo num fluxo de informações contínuo sobre necessidades que ocorrerão de Pulses naquele país antecipadamente”, diz o Ibrafe.

“Da parte brasileira, o que podemos e estamos plantando gera segurança no campo comercial de ambos os países. Isso prepara o caminho para maior formalidade nos contratos, tornado passíveis de execução de parte a parte. Sobre o Feijão-carioca no mercado interno, há muito barulho dos especuladores, mas nem tanto no campo. Há negócios acontecendo, os preços estão melhorando, mas a expectativa de produtores é que seria mais prudente esperar passar o Carnaval”, completa.

Nesse contexto, as partes estabelecerão ações de cooperação para contribuir com a segurança alimentar da Índia, por meio de ações que fomentem o desenvolvimento do comércio internacional de leguminosas entre a Índia e o Brasil. Dentre elas estão a inteligência de mercado, padrões de qualidade, promoção comercial e transferência de tecnologias.

“As partes concordam em compartilhar dados mensais sobre plantio, consumo, estimativas de produção nacional, importação e exportação de leguminosas em seus respectivos países, além de realizar reuniões periódicas e extraordinárias para tratar do detalhamento desses dados. Tendo em vista que o Brasil pode aumentar sua produção de feijão frente à demanda internacional e pretendendo garantir a segurança alimentar da Índia, o IBRAFE se compromete a promover a produção de feijão de maior consumo no mercado indiano, etapa em que o IPGA se compromete a dar garantias para a compra do produto brasileiro dentro do país, garantindo assim um maior abastecimento, com mais segurança para a população indiana”, indica o documento assinado.

Para fortalecer o setor de leguminosas, as partes se comprometem a criar o FIAGRO – Fundo Internacional de Investimento em Leguminosas, além de viabilizar investimentos indianos no setor de leguminosas brasileiro. “No caso de qualquer função governamental ser necessária para a expansão da colaboração sob este Memorando de Entendimento, as Partes, conforme mutuamente acordado, farão as recomendações necessárias aos seus respectivos governos para que tomem as medidas apropriadas”, conclui.

10 de fevereiro – Dia Mundial dos Pulses

Pulses, você conhece!

Feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico. São as leguminosas secas, ricas em proteínas, fibras e vitaminas. Com colheitas fartas no Brasil, pulses são destaques na segurança alimentar mundial.

O que são pulses? – Pulses é o nome dado às sementes secas de leguminosas utilizadas na alimentação. No Brasil, os pulses são representadas principalmente pelos feijões, grão-de-bico, lentilha e ervilha. Segundo definição da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) não são consideradas pulses as leguminosas utilizadas para extração de óleo, como a soja, ou mesmo as vagens colhidas imaturas para a alimentação.

Pulses e a segurança alimentar – Pulses são excelentes fontes de micronutrientes. Além de serem considerados importantes fontes de proteínas, os grãos chamados de pulses também são ricos em fibras, vitaminas e minerais. Apresentam baixos níveis de gordura e não contém colesterol. Diante da sua importância para alimentação, a FAO tem considerado os pulses como alimentos relevantes para o combate da fome no mundo e estimulado o seu consumo. Assim, para reafirmar o papel desses alimentos e ampliar a consciência pública sobre seus benefícios, a ONU designou o dia 10 de fevereiro como sendo o Dia Mundial dos Pulses.

Relevância Econômica e Sustentabilidade dos Pulses no Brasil – Os cultivos de pulses são considerados naturalmente sustentáveis. Eles são conhecidos pelas suas relações simbióticas com microrganismos do solo e, consequente, alta capacidade de fixação biológica de nitrogênio. Além disso, a matéria orgânica oriunda dos cultivos é considerada de alta qualidade e boa retenção de água no solo. Essas duas características, além de permitir a construção de sistemas de rotação de cultivos de alta eficiência, garantem uma menor utilização de fertilizantes nitrogenados e diminui a exigência hídrica dos cultivos, respectivamente.

Devido à grande diversidade de espécies e padrões de consumo, os pulses possuem características regionais de cultivos bem definidas. O entendimento dessas características, no mercado nacional e internacional, é o primeiro passo para os produtores que pretendem iniciar o cultivo dessas espécies. Em terras brasileiras, o feijão (Phaseolus vulgaris L.), por meio das suas diferentes cultivares, se destaca como a espécie mais cultivada e é alimento básico da dieta do brasileiro.

No Brasil são realizadas, nas diferentes regiões produtoras, três safras de feijão. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima-se, para a safra 2019/2020, uma produção de 3,2 milhões de toneladas de feijão. Apesar de ocorrer à produção expressiva em todas as Unidades da Federação, os estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Goiás se destacam como os maiores produtores do país. Estima-se para 2020 um Valor Bruto da Produção (VBP) de feijão de R$13,3 bilhões.

No entanto, com foco na diversificação da produção e principalmente na busca pelo acesso a novos mercados, o Brasil tem ampliado a produção de outros pulses.

fonte: CNA

foto: Embrapa

APROFIR MT participa de apresentação do Agrihub voltada para a cadeia produtiva dos feijões e da irrigação

A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR-MT), participou nesta quarta-feira (01), em Cuiabá de uma apresentação sobre o AGRIHUB, que é uma rede de inovação em agricultura e pecuária com foco a identificar as necessidades dos produtores rurais e os conecta a startups. 

Com o intuito de buscar soluções e inovações para as demandas da cadeia produtiva dos feijões e do setor de irrigação, o diretor executivo da APROFIR-MT, Afrânio Migliari, esteve presente articulando parcerias com o AGRIHUB. “Nós já víamos acompanhando os trabalhos da AGRIHUB, como também em relação às startups e o AGRIHUB hoje atualizado da forma que foi feita pela gestão do Otávio Celidônio e sua equipe demonstra claramente que está evoluindo em um processo muito bom, com o apoio do professor Aziz Galvão. Nós já estávamos discutindo com o professor para criar procedimentos para a área dos feijões e da irrigação, e então olhando para o trabalho apresentado pela equipe da Eloisa, nos mostra a necessidade mais que rapidamente voltada para estes dois casos citados, no conhecimento de todos os procedimentos e processo, como por exemplo, a dificuldade que temos da utilização dos agroquímicos na dessecação do feijão que temos que tirar destes processos”, explicou.

Uma das apresentações foi sobre a Rede de Fazendas Alfa, com a líder do Projeto, Eloiza Zuconelli, que explanou sobre o projeto e o mapeamento das nove grandes cadeias produtivas no estado de Mato Grosso. “O objetivo de mostrar esta metodologia que já é usada na indústria, é trazer esta ferramenta para o campo. Este trabalho que foi construído por este tempo, ele é uma ferramenta para melhorar a comunicação, mas ele não serve só para isso, pois é uma ferramenta genuinamente de gestão, mas que veio para melhorar esta comunicação e cumprir o objetivo do AGRIHUB que é conectar os problemas do produtor com as soluções oferecidas no mercado, para que possamos identificar de maneira mais clara esse e a empresa entender aonde a solução dela realmente atua”, disse.

Segundo a Rede de Fazendas Alfa, o trabalho de mapeamento é um projeto dinâmico e que sempre é atualizado, que gerou uma produção digital chamada AGRIHUB MAP, que contempla todas as cadeias mapeadas e está disponível na plataforma.

O Líder de Relacionamento de Inteligência de Mercado do AGRIHUB, Wilton Maciel, falou sobre as inúmeras plataformas e como elas se integram, com destaque de como o produtor pode utilizá-las para gerar valor para sua operação. “Nós mostramos um canal que temos no WhatsApp que é o (65) 4003-6733, onde por meio deste canal as podem entender sobre o que o AGRIHUB, sobre tecnologias e inovação, e buscar soluções tecnológicas quando ele tem uma demanda, isso tanto para o produtor rural que temos canais de atendimento exclusivo, e para os profissionais que atuam no agro e tem dúvidas como a tecnologia pode ajudá-lo, e por fim para as startups e empresas do agro que queiram se conectar conosco”, finalizou.

APROFIR-MT prestigia inauguração da segunda unidade no estado da Águia Representações

A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR​ MT), por meio de seu presidente Otávio Palmeira prestigiou, na última sexta-feira (27/01), em Primavera do Leste, a inauguração da segunda unidade da Águia Representações Comerciais que atua no ramo de irrigação desde 1995, no norte de Mato Grosso. O evento contou também com a participação de representantes de empresas multinacionais do segmento. 

O presidente da APROFIR​ MT, Otávio Palmeira destaca que a expansão de uma empresa deste porte demonstra a evolução do setor de irrigantes no Mato Grosso. “Nós sabemos que a Águia é uma empresa bem consolidada e que agora se estabelece aqui em Primavera do Leste oferecendo alternativas em irrigação para os produtores da região. Além disso, a Águia é representante da Lindsay que é uma das maiores fabricantes do mundo de pivô central, que tem sua sede no estado do Nebraska, nos Estados Unidos”, disse.

Otávio Palmeira – presidente Aprofir MT

Para o sócio proprietário da empresa, Rodrigo Borges, o movimento estratégico de abrir uma segunda loja em Mato Grosso, se deu por conta da necessidade de dinamizar e agilizar o atendimento aos clientes e aumentar a área de atuação de forma presencial. “Nós atendemos fortemente na região da BR 163​ e n​a região centr​al do estado, mas sempre atendemos clientes em áreas mais distantes e nessas regiões é claro se leva mais tempo, onde ​se tem um pouco mais de dificuldade de atendimento e nós sempre enxergamos o polo de Primavera do Leste como uma região consolidada, onde a irrigação se iniciou ​em Mato Grosso e visualizamos ainda potencial de crescimento  e juntamente com nossos parceiros definimos que seria importante ​vir para essa região”, explicou.Parte do time da Lindsay Brasil esteve presente no evento, com um grupo sendo capitaneado pelo vice-presidente da empresa para América do Sul, Eduardo Navarro, que frisou o momento de expansão tanto da Lindsay, como da Águia. “Isso é uma sinergia, pois muito do que a Lindsay vem fazendo não só no Brasil, como também em toda América Latina do nível de investimento, a Águia vem no mesmo passo de investimento também e expandindo para que a gente possa atender melhor os nossos clientes”, completou.
O diretor comercial da Lindsay para América Latina, Cristiano Trevizam, explica que o mercado de Mato Grosso é estratégico e tem um campo exponencial de expansão de irrigação a ser explorado. “Estamos muito contentes da Águia está abrindo este ponto em Primavera do Leste, pois o Mato Grosso tem dimensão de um país ou até de um continente apresentando diversas regiões, onde cada uma delas tem uma característica específica, assim com mais esta loja, a Águia vai poder atender melhor os clientes desta região do estado, tanto aqueles que estão começando ou aqueles que já trabalham com irrigação. Assim é uma maneira de expandir a nossa participação e principalmente ajudar os cliente no pós-venda, uma parte importante do negócio, para que os produtores tenham tranquilidade com o processo”, finalização.  ​

APROFIR-MT apresenta potencial de crescimento da irrigação do estado ao time da Netafim Brasil

O presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR-MT), Otávio Palmeira, recebeu nesta sexta-feira (27), em Primavera do Leste, o time da Netafim Brasil, empresa no âmbito global líder e pioneira em irrigação por gotejamento. Na oportunidade, o CEO da Netafim Mercosul, Ricardo Almeida e equipe, conheceram o potencial de crescimento da irrigação em Mato Grosso, com números apresentados pelo dirigente da APROFIR-MT.

Seguindo uma das atribuições institucionais da APROFIR-MT de estreitar relações com todos os atores da cadeia de irrigantes, o presidente Otávio Palmeira, realizou uma apresentação dos trabalhos da associação em prol do setor, com ênfase na área de pesquisas e da parceria com os agentes públicos. “No momento de nossa reunião, tivemos a satisfação de falar do trabalho da APROFIR, e mostrar um pouco a realidade da irrigação no Mato Grosso e das demandas que temos atuado. Assim demonstrando o potencial que é a irrigação no estado, e de maneira geral os representantes da Netafim saíram entusiasmados com nossa associação e principalmente com este estudo que está sendo desenvolvido aqui no Mato Grosso”, destacou.

Para Ricardo Almeida, o momento foi importante para conhecer a realidade da irrigação no Mato Grosso e o excelente trabalho realizado pela APROFIR-MT. “Primeiramente nosso objetivo era entender as pautas e agendas da Associação, conhecer e entender a criação dos polos regionais que ainda estão sendo protagonizados no estado. E como que uma empresa uma empresa de irrigação privada, com uma atuação ao redor do mundo e no Brasil por muito anos podemos colaborar no sentido de expandir a divulgação da irrigação e demonstrar os benefícios dela para os produtores de uma maneira geral”, finalizou.

Além do CEO Netafim Mercosul) também estiveram presentes na visita, Marcos Kawasse (gerente comercial Netafim Mercosul), Mariana Cunali (gerente de RH Mercosul), Elon Svicero (diretor comercial Netafim Mercosul) e Luiz Frank Totti (representante técnico de venda Netafim Brasil).

A APROFIR foi representada pelo presidente Otávio Palmeira dos Santos e pelo diretor Rodrigo Borges.

 A NETAFIM – Fundada em um pequeno kibbutz em Israel há mais de 50 anos, a Netafim é pioneira e líder mundial em soluções para irrigação. Com atuação em mais de 110 países, chegou ao Brasil na década de 1990, com um portfólio completo de produtos e soluções inovadoras de irrigação por gotejamento, que visam contribuir com o eficiente uso da água, aumentando a produtividade na agricultura e trazendo mais tranquilidade ao produtor rural.

Influência do gergelim no sistema de produção soja/milho

O gergelim foi introduzido no Brasil durante a colonização portuguesa e nos últimos anos seu cultivo tem crescido bastante. O estado onde mais se planta o cereal é o Mato Grosso. Segundo o último levantamento realizado pela Embrapa, a área plantada na safra 2019/2020 foi de 175 mil hectares com uma produção de 95,8 mil toneladas. O destaque é para as cidades de Água Boa e Canarana. Com esse protagonismo aumentando, a Fundação MT também acredita na importância de levar informações sobre a cultura à classe produtora.

Recentemente, pesquisadores da instituição apresentaram dados de estudos sobre “Influência do gergelim no sistema de produção soja/milho”. Antes de falar diretamente desse cenário, é importante explicar um pouco sobre o próprio cultivo. O solo, por exemplo, precisa ser bem drenado, visto que a cultura tem pouca tolerância ao encharcamento. Já solos de texturas extremas (muito argilosos e arenosos, >60% e <10%, respectivamente) não são recomendados. Segundo o pesquisador da área de Solos da Fundação MT, Felipe Bertol, o gergelim é um cultivo que se adapta bem a áreas de texturas mais leves, onde geralmente o agricultor necessita rotacionar mais as culturas devido a presença de nematoides e, por ventura venha ocorrer janela de semeadura desfavorável para o cultivo do milho.

Com relação aos nutrientes demandados por essa cultura e que os produtores devem estar atentos, de acordo com a Embrapa, para a produção de 1000 kg/ha de gergelim é demandado 50 kg/ha de nitrogênio, 14 kg/ha P2O5 e 60 kg/ha de K2O. Mas, dentro dos sistemas produtivos do Cerrado (soja/milho e soja/algodão), nutrientes como fósforo e potássio estão em quantidades adequadas e não há necessidade de se aportar a cultura (desde que a análise de solo tenha níveis adequados de tais elementos). O pesquisador da Fundação MT diz ainda que dentre os micronutrientes, o Boro tem funções fisiológicas que ajudam o cultivo do gergelim.

Para o especialista em solos ainda não está muito claro o benefício do gergelim para o sistema de produção, mas é fato que o encaixe produtivo desta planta muda a população de pragas e a perpetuação de diferentes doenças. Há também benefícios quanto à mitigação de alguns fitonematoides. A pesquisadora de nematologia, Juliana Nunes, explica que a cultura do gergelim não é hospedeira de nenhum dos nematoides de importância econômica para o sistema soja – milho, soja – algodão, sendo assim, podemos dizer que ele contribui para o manejo desses fitoparasitas no Cerrado mato-grossense.

Durante o dia de campo da instituição em Nova Mutum-MT, os pesquisadores apresentaram resultados de ensaios que mostram o potencial do gergelim para o manejo dos nematoides Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Pratylenchus brachyurus e Rotylenchulus reniformis, já que todas as cultivares testadas obtiveram fator de reprodução inferior a 1, isto significa que a cultura é capaz de reduzir a população existente no solo.

A Fundação MT sabe que é difícil para o produtor trocar as culturas que ele já cultiva por conta de problemas com nematoides. Desta forma, gergelim se torna uma alternativa para esses casos, por se tratar de uma cultura rentável e capaz de reduzir a população de nematoides existente na área, favorecendo assim, a cultura que será instalada posteriormente.

fonte: Ascom Fundação MT

Pesquisador da área de Solos da Fundação MT, Felipe Bertol

Cultura do gergelim será uns dos temas do Dia de Campo da Fundação MT

O evento acontecerá neste sábado (14) e o intuito é mostrar para produtores, agrônomos, técnicos e consultores resultados inéditos e sequenciais de pesquisas agronômicas na cultura da soja

A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) realiza neste sábado, 14, no município de Nova Mutum, o Fundação MT em Campo Safra 2023, no CAD Médio Norte – Centro de Aprendizagem e Difusão, na Fazenda Três Irmãos. Este é o segundo de três eventos que a instituição faz no mês de janeiro, onde os participantes recebem informações estratégicas para as próximas safras. Participam da programação produtores locais e regionais, bem como agrônomos, técnicos e consultores agronômicos inscritos.

Em Nova Mutum, um dos experimentos que serão apresentados tem o tema “Influência do gergelim no sistema de produção soja/milho”, com a condução dos pesquisadores da instituição, Felipe Bertol e Juliana Nunes. “Estratégias de manejo para anomalia das vagens” é outro experimento que fará parte do dia de campo, com o pesquisador Felipe Araújo e a equipe de Fitopatologia da Fundação MT. Os profissionais também vão mostrar e discutir o ensaio “Tecnologias no controle de mancha alvo”. O evento ainda conta com uma vitrine de cultivares de soja, que auxilia o produtor e sua equipe a fazer a escolha certa do material genético conforme suas necessidades.

Os dias de campo fazem parte do calendário do Programa de Difusão de Tecnologia, que há mais de 26 anos é composto por conteúdos técnicos com base em pesquisas agronômicas, estudos e experiências compartilhadas pelo time da Fundação MT e especialistas convidados do meio agro.

Dinâmica

Assim como foi em Sorriso, primeira cidade a receber o evento, em Nova Mutum os pesquisadores e equipe técnica da instituição estarão presentes. Eles conduzem o público às estações de pesquisa aplicada com resultados inéditos e sequenciais, que mostram os impactos das estratégias integradas de manejo na produtividade da soja. Em todos os eventos, os participantes também conferem a dinâmica de máquinas. A programação de cada cidade é divulgada no site da instituição e nas redes sociais. A inscrição é necessária e gratuita, feita em www.fundacaomt.com.br. Todas as informações estão nas redes sociais ou no aplicativo da instituição.

Importância

Para Luís Carlos Oliveira, gestor de marketing e relacionamento, esta é uma oportunidade ímpar de aprendizado. “É de extrema relevância que os produtores e produtoras tenham o maior número de informações possíveis para tomar as melhores decisões em campo. Para nós, é muito gratificante poder muni-los de dados por meio dos eventos que promovemos, sempre ricos de resultados de pesquisas e de troca de experiências, visando um futuro mais produtivo e sustentável ao lado do produtor”, finaliza.

Fundação MT: Criada em 1993, a instituição tem um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de suporte ao meio agrícola na missão de prover informação técnica, imparcial e confiável que oriente a tomada de decisão do produtor. A sede está situada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e casas de vegetação, seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos pelo Estado nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste com ponto de apoio em Campo Verde e Serra da Petrovina em Pedra Preta. Para mais informações acesse www.fundacaomt.com.br e baixe o aplicativo da instituição.

Fonte: Ascom FMT